Palavras...

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sorry, I'm in love

Um dia desses estava eu parada, olhando o pôr do sol esvaindo-se, quando me dei conta de que pensava em você, aquele seu jeitinho doce e carinhoso, seu sussurro e o seu sorriso... É, o seu sorriso.


Ocorreu-me então, que essa não era a primeira vez que pensamentos assim surgiam em minha cabeça, não só pensamentos, imagens, flashbacks dos seus toques em minha pele, sua voz e sinceridade, seu olhar a me observar e depois o “Eu te amo” saindo de seus lábios.

No começo, tentei controlar esse sentimento, negar a todos, mas não consegui, foi mais forte do que eu mesma. Quando me perguntavam se eu queria algo mais sério, eu sempre negava a possibilidade, mas lá dentro... Eu sempre soube que era isso que eu mais desejava.

Aquele 16 de outubro surpreendeu a todos, menos ao que eu chamo de coração, que pulou e rodopiou e ainda gritou “Finalmente!” quando percebeu que seus lábios haviam tocado nos meus pela primeira vez. Tão feliz ficou o pobre coração — que há quatro meses estava solitário— que me mandou sinais de arrepio e pensamentos inapropriados. E não era só o coração que queria quebrar logo essa barreira de insegurança, o corpo, o cérebro, o ser... Mal podiam esperar.

Não nego que no começo fiquei com mais insegurança, com um medo de tentar novamente e magoar outros, mas... Quando eu me lembrava daquele sábado, impulsos estranhos percorriam minhas veias e me deixavam em euforia, rindo para todos os cantos da casa.

Então, aquelas músicas que antes eram sem sentido e grudentas demais, que me deixavam irritadas por serem palavras falsas sobre o amor, hoje me compõem. Agora eu entendo o que cada letra diz.

Foi hoje cedo que escutei um casal de canários cantando e fui correndo até a janela. Um corria atrás do outro enquanto cantava e o outro fugia... Pareceu irônico eu ver aquilo. Enquanto você cantava em meu ouvido, eu corria e me machucava com alguém que eu não queria. Talvez por isso eu fugisse, para quebrar a cara e aprender alguma coisa.

Sempre que vejo aquela famosa frase " você tem que descobrir que não é ele que você quer", penso em mim mesma e me lembro quando você me disse ela!

Lembro-me que certa vez você me perguntou o que eu havia aprendido com você e eu, por algum motivo, disse algo idiota. Mas analisando agora aprendi a nunca dizer nunca, a procurar o que quero até encontrar, e o mais importante... Aprendi a amar e admirar alguém que não tem o mesmo sangue percorrendo nas veias. Aprendi amar alguém diferente de como amo minha família, meus amigos, mas com paixão... Fervor! Aprendi a confiar em alguém do sexo oposto, contar meus segredos e escutar algumas verdades aprendi a ter conversas estranhas e querer ficar até as três da manhã só jogando conversa fora. Aprendi a sonhar alto, sonhar algo com mais desejo e vontade... Aprendi a voar sem ter asas, com os pés no chão.

E depois vieram os “Ich Liebe Dich” e “Bebê” ou então “Amor”, palavras que quando lidas ou ouvidas por mim trazem aquela sensação de bem-estar, e de novo aquela vontade de sorrir para as paredes, de pular e rodopiar, de te abraçar, te encher de beijos...

Quando releio o que escrevo penso que estou ficando louca, histérica, pirada, lelé da cuca, mas quando pergunto a alguém o que está acontecendo comigo, instantaneamente me respondem “É o amor, meu bem”. Então se isso tudo é realmente amor, bem vindo a minha casa, bem vindo ao meu cotidiano, bem vindo a minha vida AMOR!

Dizem que o amor machuca, mas até agora a única coisa que sei é o bem que ele está me fazendo...

O amor faz com que borboletas brinquem comigo trazendo sorriso ao meu rosto!

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